sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

REFLEXÕES DE UMA RESSACA PÓS-CARNAVAL...

Acabou o reinado momesco e a volta à realidade se dá em forma de ressaca. É o ano que começa de fato, num ano que tem tudo pra ser empurrado com a barriga, já que em Junho teremos Copa do Mundo, e sem falar nas eleições, e aí já viu né?

O Carnaval terminou mais uma vez com aquele clima que não existe mais em Floripa; Sem aquela animação que não encontrava fronteiras, e que agora tornou-se um carnaval cercado pela polícia, entendo os argumentos pela segurança, etc., mas é muito esquisito e bizarro, a alegria e a espontaneidade estar entre cercas.

É a demonstração de como a cidade está refém do abandono. Abandono de um administração autista, envolvida numa série de denúncias de corrupção e falcatruas. Prefeitura e vereadores unidos na destruição da vida da cidade em prol de seus intere$$e$. E ainda há quem tenha a cara de pau de lançar o prefeito Dário Berger a candidato a governador...PQP!

Dentro disso, está um projeto de construir uma loja maçônica num terreno público no bairro de Capoeiras. A maçonaria já foi uma coisa mais séria, mas hoje é composta em sua maioria por figuras proeminentes e influentes da cidade. Estas figuras pertencem ao CDL(clube de diretores lojistas), meios de comunicação, partidos políticos, que exercem seu domínio nefasto para atingir seus objetivos que nunca são os mesmos da grande maioria da população. Nada de escolas ou hospitais ou postos de saúde; a elite dominante florianópolitana está comprometida em se auto-ajudar.

Durante o carnaval, chegaram a "privatizar" uma área no centro, nos entornos da catedral da praça XV, para o desfile de um bloco que continha as presenças "ilustres" de alguns vereadores. E ninguém poderia passar por ali, mesmo quem não goste de carnaval teria que pegar outro caminho. E só pra terminar, pra entrar no tal bloco tinha que pagar 80 reais! É muita cara de pau! Cara de pau-Brasil, que é uma madeira rara, uma cara de pau rara, safadeza da grossa!

Agora imaginemos o que não vai correr de dinheiro nestas eleições. As promessas, as vendas e compras de votos de eleitores e os acordos partidários. Os apertos de mãos e tapinhas nas costas dos políticos. Os sorrisos nosferáticos dos vampiros públicos. A baixaria de sempre da campanha eleitoral. Aquele filme que todo mundo conhece, se repetirá com todos os seus clichês e seus atores canastrões atuando da pior forma possível.

Mas antes, tem a Copa. O ufanismo tomando conta. O nacionalismo de primeira e última hora. A narração do Galvão. O verde e amarelo enfeitando ruas, carros, janelas de apartamentos. Toda uma orquestração "fake" comandada pela mídia. Um clima que só o futebol possui de unir as multidões que a política não tem mais, mas que também é apenas estéril e pontual. É o BRA-ZIL-ZIL...

Depois que tudo passa como um sonho,(ou um pesadelo), acordamos de ressaca mais uma vez. Abrimos os olhos e enxergamos a realidade cinzenta, com suas contas e impostos a pagar, trânsito caótico, a roubalheira e a desfaçatez comendo solta, as mentiras na televisão e uma vontade de vomitar sem fim. Acordamos mesmo?

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